Para Nogaroli, ‘esforço coordenado’ fortalece reivindicações do Paraná

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR participa de café da manhã, organizado pelo Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, com deputados federais, senadores e ministro do Planejamento, na Ocepar, em Curitiba
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, Jefferson Nogaroli, participou nesta segunda-feira, dia 12, de um café da manhã, organizado pelo Fórum Permanente Futuro 10 Paraná. O encontro serviu para discutir propostas, formuladas por entidades paranaenses, ao Plano de Aceleração do Crescimento – PAC II, do governo federal.

O café da manhã, na Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), em Curitiba, contou com a presença do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo; dos senadores Osmar Dias e Flávio Arns; de 15 dos 30 deputados federais do Paraná; e de lideranças empresariais e representantes de entidades.
“O Paraná representa apenas 3% do território nacional e 4% da população brasileira. Mesmo assim, produz 25% dos alimentos do País. Não é possível que um estado com essa representatividade na produção de alimentos ainda tenha problemas para escoar a sua produção. Precisamos nos unir para mudar isso e fortalecer o nosso Estado. Esforço sem coordenação é o mesmo tomar sopa com garfo, cansa e não mata a fome”, afirmou, para uma plateia de dirigentes, políticos e imprensa. “Precisamos priorizar e discutir bandeiras comuns, para que nossas reivindicações virem prioridade de Estado e não prioridade de governo. Precisamos ainda de uma pauta para os próximos parlamento e governo que serão eleitos em 2010”, defendeu Nogaroli.
Além do Sebrae/PR, representado também pelo diretor de Operações Julio Cezar Agostini, participaram do café da manhã dirigentes da Associação Comercial do Paraná (ACP); Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap); Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep); Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio); Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep); Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar); Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP); Instituto de Engenharia do Paraná (IEP); Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD); Movimento Pró-Paraná; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Ocepar; Rede Paranaense de Comunicação (RPC) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).
João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar, destacou a parceria e a união entre as entidades. O dirigente agradeceu, em nome das entidades apoiadoras do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, as propostas paranaenses que já foram acolhidas pelo governo federal no PAC. “Não queremos criar polêmicas, mas queremos criar uma forma de o setor produtivo, classe política e Poder Executivo juntarem esforços e unirem-se em torno de propostas que valorizem o nosso Estado”, assinalou Koslovski.
“Esta é mais uma grande oportunidade de compilarmos as nossas necessidades e trabalharmos elas em conjunto com os parlamentares, para levá-las ao governo federal, e reduzir os gargalhos que verificamos em rodovias, ferrovias, porto e aerovias do Estado”, disse o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana, ao abrir o encontro, que teve coordenação de Rogério Mainardes. Na pauta entregue ao ministro, deputados federais e senadores do Paraná, um pacote de sugestões, para melhorar a logística e infraestrutura do Estado. Propostas para rodovias e estradas rurais, ferrovias, aeroportos, hidrovias, portos, dentre outras.
O presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, defendeu que se faça uma análise sistêmica. “Precisamos definir como União, Estados e Municípios podem agir e atuar colaborativamente.” O “gargalo”, de acordo com o presidente da Fiep, “está na falta de articulação entre as esferas municipal, estadual e federal; entre os poderes, Legislativo e Executivo; e entre os sistemas produtivo e governamental”. “Essas propostas que estamos encaminhando são apenas o começo. Muitas reivindicações são pedidos feitos há mais de sete anos.” Rocha Loures lançou ainda a necessidade de discutir um plano produtivo de desenvolvimento para os próximos dez anos.
O ministro Paulo Bernardo falou da filosofia do PAC, que desde 2007, quando foi lançado pelo governo federal, tem como foco “destravar os investimentos”. “Desde 2007, foram R$ 643 bilhões em investimentos, fruto de recursos orçamentários, privados, estatais, de fundos públicos, dentre outros.” Só em 2009, de acordo com o ministro, foram R$ 120 bilhões em investimentos, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB). “Os pleitos do Paraná são legítimos e vamos analisá-los. Há alguns de mais difícil execução, mas vamos conversar”, garantiu Paulo Bernardo.
Reivindicações do Paraná
Implantação de trecho rodoviário da BR-487, de Três Bicos a Ivaí, com extensão de 75,2 km; implantação do Arco Norte de Londrina, contemplando o novo aeroporto regional, bem como obras complementares e de acesso rodoviário; adequação de trecho rodoviário da BR-163, de Cascavel a Barracão; contorno ferroviário de Curitiba; construção do metrô de Curitiba; construção do Cais Oeste; construção do Porto de Pontal do Paraná; ampliação da pista do Aeroporto de Maringá em mais de 1.100 metros, atingindo 3,2 mil; Alcoolduto Maringá-Paranaguá e construção do Aeroporto Regional do Oeste em Cascavel são algumas das reivindicações das entidades paranaenses, entregues ao ministro, deputados e senadores.
Fórum Futuro 10
Em 2005, por iniciativa da RPC e o apoio e a adesão de 11 entidades representativas da sociedade organizada nasceu um dos mais importantes movimentos de lideranças paranaenses: o Fórum Futuro 10 Paraná. Durante seis meses, 5.070 participantes de todo o Estado, representantes das mais diversificadas áreas de atuação, reuniram-se em Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Umuarama, Guarapuava e Curitiba, com o objetivo comum de discutir e formular propostas para um plano estratégico de desenvolvimento do Paraná.
O resultado dessa primeira fase do trabalho foi entregue num evento final realizado em 30 de novembro de 2005, em Curitiba, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a diversas autoridades constituídas no Paraná e no Brasil, representando a participação de líderes empresariais, sociais e políticos de todo o Estado na formulação de uma visão de consenso sobre os caminhos para o desenvolvimento do Paraná.
“De lá pra cá, todas as entidades realizadoras trabalharam e implantaram várias ações e projetos baseados no relatório final do Fórum Futuro 10 Paraná. Após um amplo debate, análise e estudos de técnicos e especialistas, foi gerado um documento intitulado Diretrizes para o desenvolvimento do Paraná. Com o documento, o movimento agora denominado Fórum Permanente Futuro 10 Paraná entra numa nova fase e programa de ação, integrando as entidades em prol do desenvolvimento do nosso Estado”, diz Rogério Mainardes.
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