O projeto, que tem a parceria do Senai Paraná, está entre as 55 práticas inovadoras apresentadas no evento. Entre elas, os projetos Brazilian Berries e o de roupa sustentável, também desenvolvidos em parceria com o Senai
O case da madeira de plástico, desenvolvido pela Madeplast, de Curitiba, foi apresentado como um destaque nesta terça-feira (27) na 10ª Conferência ANPEI de Cooperação para a Inovação Sustentável, que acontece no Cietep, em Curitiba.
Resultante de uma liga de resíduos industriais de plástico e de resíduos de madeira, o produto destina-se a construção civil de alto padrão e arquitetura de estilo, contribuindo para a redução do passivo ambiental. O Senai Paraná é um dos parceiros do projeto, através de sua unidade da entidade São José dos Pinhais, que apoiou o trabalho com a madeira. Além disso, o projeto recebeu também recursos do Edital Senai/Sesi de Inovação (que é nacional).
“Utilizamos resíduos para desenvolver um produto com a resistência do plástico e a aparência da madeira, o que o torna esteticamente bonito”, explicou Guilherme Bampi, proprietário da Madeplast, que apresentou o case na Conferência da ANPEI. Pertencente ao grupo Radiante, a Madeplast começou na incubadora Positivo e se desenvolveu com apoio de diversas parcerias. O projeto da madeira de plástico já recebeu o prêmio Senai Inovação, o prêmio Rhai do CNPq, e o Prime, do Instituto Gene. “Hoje temos um laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento, em Santa Felicidade, e estamos finalizando a construção de uma fábrica em Manaus, cidade onde existem toneladas de resíduos industriais e plásticos”, contou Guilherme Bampi. “Em julho vamos inaugurar em Curitiba a nossa primeira loja show room para apresentar nosso produto e suas aplicações”, informou.
Amoras verdes e roupa ecológica – Os projetos “Brazilian Berries”, desenvolvido pela empresa Samalou Comércio de Frutas Finas, em parceria com o Senai Pato Branco, e o da “Joyfull- Malha EcoChic”, desenvolvido em parceria com o Senai Curitiba, também foram apresentados como práticas inovadoras na Conferência ANPEI.
Além de palestras e conferências de especialistas no tema inovação, do Brasil e do exterior, a ANPEI apresenta 55 práticas inovadoras de empresas brasileiras. Deste total, 25 são do Paraná, das quais 13 desenvolvidas em parceria com o Senai e o Sesi e financiados pelo Edital SenaiI/Sesi de Inovação. Além dos tres já apresentados, outros cinco serão tratados nesta quarta-feira.
Realizada pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras, em parceria com o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, por meio do Centro Internacional de Inovação (C2I), a Conferência, que comçou segunda-feira e prossegue até esta quarta-feira (28), tem a participação de cerca de 800 pessoas, entre representantes das empresas, de instituições de ciência e tecnologia, agências de fomento e órgãos públicos.
A ideia do “Brazilian Berries” baseia-se na seleção, adaptação, desenvolvimento de tecnologias de cultivo e industrialização do extrato de uma variedade de amora verde nativa encontrada na região de Palmas, no Sudoeste do Estado, e em Santa Catarina. O projeto é único no mundo e o objetivo da empresa, segundo o empresário Marcos Giotto, é chegar ao mercado com um produto diferenciado e inovador.
O trabalho começou no ano passado e consiste em desenvolver a cadeia de produção de frutas, passando pela produção em escala de agricultura familiar, no modelo de produção orgânica. “A ideia é vender um estilo de vida sustentável”, diz o empresário Adilson Filipak, que inaugurou a loja e lançou a coleção em junho do ano passado. As peças são confeccionadas em tencel (fibra feita a partir da polpa de madeira) e algodão orgânico. Para o tingimento é utilizado corante vegetal.
O passo seguinte será a industrialização das amoras e a colocação no mercado de um produto com valor agregado e propriedades nutracêuticas, além de grande potencial exportador.
“A grande dificuldade das pequenas empresas é que elas têm de pensar em inovação e, ao mesmo tempo, dedicarem-se às atividades cotidianas. Neste sentido, o apoio que recebemos do Senai tem sido fundamental para estruturar o projeto e levar a idéia adiante”, disse o empresário Marcos Vinícius Loureiro Giotto, da Samalou, que apresentou o case durante a ANPEI.
Sustentabilidade – Já o projeto Malha Eco Chic é pioneiro no Brasil e prevê a aplicação do conceito de sustentabilidade em todo o processo produtivo das peças da marca Joyful. A empresa, de Curitiba, desenvolve o projeto em parceria com a área de moda do Senai Paraná. “A proposta é vender um estilo de vida sustentável”, diz o empresário Adilson Filipak, que apresentou o case na ANPEI. A inauguração da loja e o lançamento da coleção da Joyful aconteceram no ano passado. A coleção é composta por peças feitas em tencel (fibra obtida a partir da polpa da madeira) e algodão orgânico. O tingimento é feito com corante vegetal.
Fonte: Comunicação Social de Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná – FIEP
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